
Olhar as árvores, penetrar no âmbito das suas folhas, concentrar-me em sua pele. Presenciar o seu tempo de vida que, do viço nascente do verde caminha até à maturidade de palha. Isso sempre me leva a viajar e ... escrever.
estação do vento
Jopin Pereira
no meio da tarde,
vou recolhendo
as folhas que passam ao vento,
e me trazem em suas ranhuras
tantas texturas,
enquanto aguardo o trem aparecer...
leio-as,
mais com a palma das mãos
que pelas frestas dos olhos,
quase em Braille,
pois são como arranhões
que chegam ao coração,
me rasgando
com a força de um grito contido,
como tudo até ali vivido,
e que só pôde ser libertado
ao ser nelas lido.
2 comentários:
lindas palavras...
gostaria de agradecer o carinho por mais palavras em seu comentário, também queria agradecer-te pelo audio da CBN que foi muito significativo para mim!
forte abraço
Oi, Túlio Tomé, agradeço a visita e o comentário. Tudo está pronto, basta a gente ter paciência para entender o enderêço, e ir lá pegar. Você está descobrindo que a vida é isso. E é bom que seja! Abração do Zé!
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